O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (11) que colocará o Departamento de Polícia Metropolitana de Washington, D.C. sob controle federal e enviará a Guarda Nacional para a cidade, afirmando que a medida visa restaurar a ordem na capital do país.
A noticia é do portal CNN. “Estou invocando oficialmente a seção 740 da Lei de Autonomia do Distrito de Columbia, vocês sabem o que é, e colocando o Departamento de Polícia Metropolitana de Washington D.C. sob controle federal direto”, disse Trump durante uma entrevista coletiva na Casa Branca.
O presidente disse a uma multidão de repórteres que suas ações são como se “algo estivesse fora de controle, mas vamos colocar isso sob controle muito rapidamente, como fizemos na fronteira sul”.
“Estou enviando a Guarda Nacional para ajudar a restabelecer a lei, a ordem e a segurança pública em Washington, D.C., e eles poderão fazer seu trabalho corretamente”, acrescentou Trump.
O anúncio de Trump é seu mais recente esforço para atingir cidades democratas, exercendo o poder Executivo sobre assuntos tradicionalmente locais.
Centenas de policiais e agentes de mais de uma dúzia de agências federais já se espalharam pela cidade nos últimos dias.
A prefeita democrata de Washington, Muriel Bowser, rebateu as afirmações de Trump, dizendo que a cidade “não está sofrendo um salto de crimes” e destacando que os crimes violentos atingiram seu nível mais baixo em mais de três décadas no ano passado.
O crime violento caiu 26% nos primeiros sete meses de 2025, depois de cair 35% em 2024, e o crime geral caiu 7%, segundo o departamento de polícia da cidade.
Mas a violência com armas continua sendo um problema.
O envio de tropas da Guarda Nacional é uma tática que o presidente republicano usou em Los Angeles, onde enviou cinco mil soldados em junho em resposta aos protestos contra as batidas de imigração de seu governo.
Autoridades estaduais e locais se opuseram à decisão de Trump, considerando-a desnecessária e inflamatória.
As tropas da Guarda Nacional foram enviadas a Washington muitas vezes, inclusive em resposta ao ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA por uma multidão de apoiadores de Trump.