Reportagem do Portal Metrópoles destacou que o líder do Comando Vermelho no Rio Grande do Nrote, João Carlos de Almeida Bezerra, conhecido como JC ou Dog, tinha certo receio da ofensiva da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) contra a liderança da facção no estado.
Os áudios foram interceptados pela Polícia Federal e teriam sido obtidos durante a investigação da rede de apoio aos dois presos que protagonizaram a primeira fuga da história de um presídio federal de segurança máxima no Brasil.
JC é apontado como o principal articulador externo da fuga de Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, ambos membros do CV no Acre, que escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró em 14 de fevereiro de 2024 e permaneceram foragidos por 50 dias, até serem recapturados em 4 de abril. Ainda foragido, JC estaria escondido em uma comunidade no Rio de Janeiro dominada pela facção.
A partir da análise dos áudios e outros elementos, a Ficco deflagrou em 11 de março de 2025 a Operação Red Dots, voltada ao desmantelamento da estrutura criminosa envolvida na fuga. A operação investiga crimes como organização criminosa armada, tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro, tortura e homicídio. Além de JC e demais membros do CV, também foi identificado o principal fornecedor da facção no estado, conhecido pelo apelido de “Conterrâneo”.
As investigações indicam que a rede de apoio mobilizada pelo CV visava não apenas garantir a permanência dos fugitivos em liberdade, mas também evitar o enfraquecimento das lideranças locais diante da pressão policial.