Para quem estava achando que não iria mais ser obrigado a usar máscaras, uma notícia que saiu hoje pode acender um alerta. Isso porque o Governo do Estado determinou a volta do uso obrigatório do material nas escolas públicas do Rio Grande do Norte. Segundo foi publicado no Diário Oficial, caberá aos colégios a adoção de medidas necessárias para prevenção da doença, como protocolos sanitários e higienização das mãos com frequência.
A medida foi assinada pelo secretário de Educação Getúlio Marques. O Portal da 96 procurou ele para falar sobre o assunto, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.
Segundo a pasta, a medida é justificada pelo aumento de infectados com a Covid nos últimos dias. Por falar neste assunto, vale destacar que o Rio Grande do Norte registrou um aumento significativo de pessoas positivadas nos últimos dias.
Em maio, o número de casos registrados foi de 845. Já nesses 15 dias de junho, o valor subiu para quase 2699, mais que o triplo registrado anteriormente. Pelo menos, não há aumento de óbitos.
A secretária adjunta de Saúde, Lyane Ramalho, comentou que, devido ao aumento de casos, a Sesap tem implementado ações, já que esta pode ser a quarta onda da doença no Estado. "O aumento de casos começou pela urgência nos serviços privados. Neste sentido, nós estamos, já para prevenir, aumentando os números de leitos clínicos e críticos dos nossos hospitais de referência na Região Metropolitana e no Oeste potiguar", disse.
Vale destacar que, além da Covid, o Rio Grande do Norte ainda enfrenta os efeitos da epidemia de dengue. Tudo isso tem gerado uma grande preocupação, principalmente pois três unidades de saúde particulares da capital fecharam suas portas de entrada temporariamente devido o alto fluxo de pacientes nesta semana.
Se no ambiente privado está assim, conforme o Portal da 96 noticiou anteriormente, nos hospitais públicos a situação é bem pior. É o que relata a bióloga Maisie Barbosa, que teve Covid recentemente e se dirigiu a duas unidades de saúde de Natal há 25 dias atrás. "Tanto na entrada, quanto na saída tinha muita gente. Eu passei cerca de quatro a cinco horas. Eu acho que eu ia ficar até a noite", disse.
Foto: Leonardo Barreto/G1.