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[VIDEO] Destaque nacional: RN tem 88 pontos de combustíveis investigados por envolvimento com crime organizado

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Uma ampla investigação conduzida por autoridades federais e estaduais aponta que o crime organizado tem atuação direta ou indireta em 941 postos de combustíveis espalhados por pelo menos 22 estados brasileiros. O levantamento, revelado pela Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (22), aponta o RN como o quinto estado com mais número de postos investigandos, confirmando informação antecipada pelo jornalista Dinarte Assunção, durante o Jornal das 6, da 96 FM.

A apuração indica indícios de controle parcial de postos por facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC), Comando Vermelho e Família do Norte. Milícias também estariam envolvidas no setor. Os dados foram organizados pelo Núcleo Estratégico de Combate ao Crime Organizado, coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, e que reúne representantes da Polícia Federal, Receita Federal, Coaf e Ministério de Minas e Energia.

Os estados com maior número de estabelecimentos sob suspeita são São Paulo (290) e Goiás (163), seguidos por Rio de Janeiro (146), Bahia (103) e Rio Grande do Norte (88). Em muitos casos, as organizações criminosas operam em rede, com braços espalhados por diversas regiões do país.

As suspeitas surgem a partir de investigações relacionadas a lavagem de dinheiro, uso de “laranjas”, participação de sócios com antecedentes criminais e envolvimento em crimes como roubo de cargas. Segundo autoridades, a atuação dos grupos não se restringe à revenda de combustíveis — também envolve fraudes fiscais, adulterações de produto e infiltração em etapas da cadeia produtiva.

Em fevereiro, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, já havia expressado preocupação com o tema e solicitou à Polícia Federal a abertura de um inquérito mais amplo sobre a presença do crime organizado no setor de combustíveis.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou, em nota, que vem intensificando as ações de combate ao crime organizado e está atenta ao setor. Já os governos de Goiás, Bahia, Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça não responderam aos questionamentos da reportagem. O governo do Rio Grande do Norte declarou que, até o momento, não há investigações em curso sobre o tema no estado.

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