Oferecimento:

Logo 96FM

som+conteúdo

MOSSORO.gif

Política

Com apoio de mais de 260 deputados, PL quer votar anistia ainda em abril

Foto: Daniel Cymbalista/Estadão

O Partido Liberal (PL) está confiante de que conseguirá colocar em votação, ainda neste mês de abril, o projeto de anistia para manifestantes presos após os atos de 8 de janeiro. Segundo o líder da bancada na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), a proposta já tem mais de 260 assinaturas — número acima do mínimo necessário para aprovação, que é de 257 votos. A informação é das repórteres Sarah Peres e Isabela Jordão, da Revista Oeste.

Em entrevista nesta sexta-feira (11), Sóstenes afirmou que o partido tem mantido diálogo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), para viabilizar a votação. “Estamos a poucos dias de fazermos justiça”, disse.

O deputado explicou que, embora Motta tenha pedido para que os líderes partidários não assinassem o requerimento de urgência, o PL optou por outra estratégia: buscar diretamente o apoio dos parlamentares. Segundo ele, isso foi necessário para garantir que a pauta avance.

A lista de deputados que assinaram não será divulgada por enquanto. Isso porque, de acordo com Sóstenes, há parlamentares de partidos de esquerda e centro que preferiram manter o apoio em sigilo. “Não vamos expor nomes para proteger quem assinou”, explicou.

Sóstenes acredita que, quando o projeto for levado ao plenário, deve ser aprovado com folga. “Tenho convicção de que o texto vai passar com mais de 300 votos”, afirmou. Ele também criticou o fato de manifestantes seguirem presos há mais de dois anos sem condenação definitiva: “Um minuto preso já é uma eternidade para quem não cometeu crime algum”.

Além do apoio dos deputados do PL, o projeto também conta com o respaldo de nomes do União Brasil, Republicanos, PSD, PP, MDB e até da bancada do partido Novo, que, apesar de ter apenas quatro deputados, apoiou integralmente a proposta.

Agora, o próximo passo é entregar o documento com as assinaturas ao presidente da Câmara. A expectativa é sensibilizar Hugo Motta para que ele paute o requerimento de urgência e permita a votação do projeto no plenário.

Nos bastidores, segundo apuração da Revista Oeste, Motta afirmou em conversa com o ex-presidente Jair Bolsonaro que pode pautar a matéria, desde que haja consenso e apoio da maioria da Casa.

Veja também:

Deixe o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado