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Política

General relata ao STF desabafo de Bolsonaro sobre derrota em 2022

O general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira | Foto: Alberto César Araújo/Aleam
TUDO SOBRE assassinado do ex-prefeito.gif

O general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, réu na ação penal da suposta trama golpista contra o resultado das eleições de 2022, afirmou que se reuniu com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em novembro de 2022 e ouviu do ex-mandatário um desabafo sobre os motivos que o levaram a ser derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A notícia é dos repórteres Manoela Alcântara e Pablo Giovanni, do Metrópoles.

Theophilo é interrogado no Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta segunda-feira (28), e afirmou que esteve com Bolsonaro em uma reunião, a pedido do então comandante do Exército, Freire Gomes, para conversar com o ex-presidente. O general negou que tenha tratado de uma tentativa de golpe.

“Ele reclamou de problemas no processo eleitoral, reclamou até algumas coisas dele próprio. Ele achava que podia ter agido diferente, que poderia ter minorado a sua veemência em algumas coisas”, disse o general, que é um dos réus do núcleo 3, dos kids pretos.

O general salientou que Bolsonaro disse no encontro — que, segundo ele, era oficial — que ficava incomodado, porque não “podia falar nada”, “não podia transmitir live de não sei onde”, dizendo que o “outro lado podia”.

“Então, o que ele desabafou foi isso. E, como eu já falei, no prosseguimento ele também conversou sobre o governo dele: o que tinha feito, o que não tinha feito, o que ele poderia, também dentro desse aspecto, ter melhorado para evitar o resultado que acabou tendo nas eleições. Então foi nesse aspecto esse desabafo — situação, particularmente, durante o processo eleitoral”, completou Theophilo.

Carta

A acusação aponta que, em 28 de novembro de 2022, após a vitória de Lula na eleição presidencial, os réus se reuniram para discutir a elaboração de uma carta de teor golpista a ser enviada aos comandantes das Forças Armadas.

Além disso, afirma a PGR, o grupo planejava ações para provocar um fato de forte impacto e mobilização social, o que permitiria a Bolsonaro e seus aliados avançarem no plano golpista. Veja quem são os réus do núcleo 3:

- Bernardo Romão Correa Netto – coronel do Exército;

- Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira — general da reserva do Exército;

- Fabrício Moreira de Bastos — coronel do Exército;

- Hélio Ferreira Lima — tenente-coronel do Exército;

- Márcio Nunes de Resende Júnior — coronel do Exército;

- Rafael Martins de Oliveira — tenente-coronel do Exército;

- Rodrigo Bezerra de Azevedo — tenente-coronel do Exército;

- Ronald Ferreira de Araújo Júnior — tenente-coronel do Exército;

- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros — tenente-coronel; e

- Wladimir Matos Soares — policial federal.

Interrogatório

Diferentemente dos réus do núcleo 1, os do núcleo 3 prestarão interrogatório de forma virtual. O primeiro a ser ouvido será Bernardo Romão Correa Netto. Em seguida, os demais serão interrogados conforme a ordem alfabética.

Todos os acusados deverão estar presentes na sessão virtual para responder às perguntas. Os advogados poderão acompanhar os interrogatórios ao lado de seus clientes.

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