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Política

“Pouco dinheiro na mão de muitos significa riqueza”, diz Lula

Lula | Foto: Divulgação/Redes sociais
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O presidente Lula (PT) afirmou nesta segunda-feira (28), ter ‘criado’ sua própria tese econômica sobre riqueza e pobreza. Segundo o petista, “muito dinheiro na mão de poucos significa pobreza. E pouco dinheiro na mão de muitos significa riqueza”. A notícia é do O Abtagonista.

Ao inaugurar uma usina de gás natural em São João da Barra, no Rio de Janeiro, Lula tentou explicar por que governa para os ricos, e não somente para os pobres.

“Quando o cara recebe um bico de luz em casa. O que acontece com ele? Ele vai comprar um televisor. Quem vai ganhar dinheiro? Quem produz o televisor e quem vende o televisor. Ele compra uma geladeira? Quem vai ganhar dinheiro? O cara que produz a geladeira e o cara que vende a geladeira. Ele compra uma bomba para tirar água do poço? Quem vai ganhar dinheiro? Ele compra um motor para fazer farinha. Quem vai ganhar dinheiro? Ele compra o liquidificador. Ou seja, no fundo, no fundo, o dinheiro do pobre volta imediatamente para a economia. E é isso que eu quero. Eu quero que o dinheiro circule.

Eu pego um exemplo aqui, companheiros. Aqui, por exemplo, vamos supor que aqui tenha mil pessoas. Vamos supor que eu tivesse 1 milhão de reais e eu pegasse 1 milhão e desse para você [selecionando o diretor-presidente da GNA, Emanuel Delfosse]. O que você ia fazer com um milhão? Que você ia fazer? Você ia correr daqui?

Ele ia correr daqui, ele ia depositar numa conta e ele ia ficar sozinho com um milhão. Todos vocês iriam ficar chupando o dedo. Agora se esse milhão, ao invés de eu dar para ele, eu distribuísse 200 reais para cada um de vocês. O que iria acontecer? Todos vocês iriam no mesmo dia ou no outro dia gastar esse dinheiro em alguma coisa de comida, o dinheiro começava a circular e todos viveriam melhor. É esse país que eu quero construir.

Então, a minha tese econômica é o seguinte: presta atenção. O Renan [Filho, ministro dos Transportes], o Renan é economista. Eu não pude ser economista, mas eu tinha vontade porque economista de oposição sabe tudo, cara. Quando você tá na oposição, você decora. Você decora tudo. É impressionante como tem solução, porque quando você é oposição, você só fala: ‘Eu penso, eu penso isso, isso, eu acredito nisso, nisso, nisso, eu acho isso, isso, isso.’ Isso é quando oposição. Quando você tá no governo, você não pensa, você não acha, você não acredita. Ou você faz ou não faz. Essa é a diferença básica.

Então eu fico só imaginando, gente, uma tese econômica que eu criei. Muito dinheiro na mão de poucos significa pobreza. E pouco dinheiro na mão de muitos significa riqueza. Significa uma sociedade vendo dinheiro circular.”

“Só é rico porque já roubou”

Em meio à campanha de “ricos contra pobres” do governo, Lula reclamou na sexta-feira (25), da ideia de que é preferível votar em “prefeito que é rico, porque ele não vai roubar”.

Para o petista, o político “só é rico porque roubou”.

“Então a gente… a gente gostaria de comer filé mesmo… Sabe? A gente quer comer coisa boa… Sabe? Então, assim, é preciso parar com essa ideia, sabe? Que eles falam… Os… Os ricos são tão sabido [sic] que eles inventaram o seguinte… O pobre fala assim: ‘Ah, eu vou votar no prefeito que é rico, porque ele não vai roubar, porque ele já é rico.’ Ora, e ele só é rico porque já roubou! Porra! E aí… E aí o pobre fica com preconceito contra o pobre. Não é, não é uma coisa…? Gente…”, disse Lula, durante evento de anúncio dos projetos habilitados pelo Novo PAC, em São Paulo.

O Antagonista considera emblemático que o milionário Lula, aliviado pelo STF das condenações por corrupção e lavagem de dinheiro nos casos do triplex do Guarujá e do sítio de Atibaia, considere que político rico é necessariamente ladrão.

Da fortuna de Lula, exposta em 2015 em relatório do Coaf sobre sua empresa L.I.L.S., cerca de R$ 10 milhões, em remuneração por alegadas palestras, vieram do clube de empreiteiras envolvidas no esquema criminoso da Petrobras, como Odebrecht, Andrade Gutierrez, OAS, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão.

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