Um sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi flagrado dando “um esculacho” em um capitão da mesma corporação. O praça ainda deu voz de prisão ao oficial e o encaminhou à Corregedoria da instituição após o oficial supostamente tentar intimidá-lo e dar carteirada nos PMs que faziam patrulhamento em frente à loja da família do capitão, na Cidade do Automóvel. O caso foi gravado em 19 de abril deste ano e é investigado internamente. Assista:
➡️ PMDF: capitão diz ter medo de sargento e pede medida protetiva
— Metrópoles (@Metropoles) April 24, 2025
Sargento foi filmado dando um "esculacho" em capitão após o oficial tentar dar uma carteirada em colegas em meio a um patrulhamento militar
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O sargento foi identificado como Sérgio Prado, e o capitão é Sérgio Pimentel. As imagens mostram o sargento pedindo para que o capitão apresentasse a identidade funcional. Pimentel não estaria com a documentação e teria apresentado apenas a carteira de habilitação digital. “CNH?”, indagou Prado.
“Olha, se você for policial, era para ter vergonha. Sério mesmo. Eu teria vergonha de dizer que é policial, ameaçar outro policial, não ter a identidade funcional; sendo que é obrigado a andar com a funcional”, completou o sargento em seguida.
O vídeo tem apenas 1 minuto e 10 segundos e não aparece a resposta do capitão, que ficou abrindo a CNH no celular durante a abordagem do colega. À Corregedoria, por sua vez, Pimentel disse que não estaria com a sua funcional por não estar armado no momento.
O capitão pediu ainda medidas protetivas por se sentir intimidado e perseguido pelo sargento. Ele disse que teme ainda pela sua esposa.
No depoimento, o sargento disse que Pimentel ficava encarando e gesticulando para os policiais enquanto eles faziam o patrulhamento no local. Ele alegou que deu voz de prisão ao capitão após o oficial ameaçar um dos soldados da patrulha.
Os depoimentos dos demais militares são na mesma linha e dizem ainda que o oficial não tinha se identificado como capitão, apenas como policial.
A funcionária da loja da família do capitão também prestou depoimento. Ela disse que é rotineiro viaturas da PMDF passarem de forma “intimidadora” pelo local.
O caso é investigado na corregedoria da Polícia Militar do DF. Em nota, a Polícia Militar do Distrito Federal informou que abordou um cidadão que se identificou como policial militar, mas não apresentou de imediato documento funcional. “Diante da situação, o oficial CPU [Comando de Policiamento Urbano] foi acionado e todas as partes foram conduzidas à Corregedoria da PMDF para registro e esclarecimento, conforme previsto em protocolo da corporação.”
“A PMDF reitera o compromisso com a transparência, a legalidade e o respeito a todos os seus integrantes, assegurando que os procedimentos seguirão os trâmites institucionais adequados”, concluiu a nota. As informações são do Metropoles.