Suspeitos de envolvimento com facção que matou policial penal, advogados presos são levados para Academia de Policiais

06 de julho 2023 - 10h55

Advogados que foram presos por suspeita de envolvimento com facção criminosa que ordenou ataques, estão causando revolta no Sindicato dos Policiais Penais do Estado. Isso porque eles estão detidos na Academia de Polícia Penal, estabelecimento que, em tese, não deveria receber esses "custodiados". 

Tanto é que nesta quinta-feira (6), o Sindppen-RN cobrou a imediata retirada de dois advogados. "Em nome de todos os Policiais Penais e da sociedade potiguar, o Sindppen-RN repudia veementemente que presos envolvidos com facções criminosas responsáveis por ataques às forças policiais e responsáveis por mortes de policiais sejam colocados custodiados na 'casa' da Polícia Penal", afirmou a presidente do Sindicato, Vilma Batista. 

O Sindicato ressalta que a presença desses advogados na Academia é uma afronta e um grande "desrespeito com os Policiais Penais e demais trabalhadores da Segurança Pública, principalmente, com a memória do PP Carlos Eduardo Nazário, que foi covardemente assassinado, em março deste ano, a mando do crime organizado".

"Exigimos respeito à categoria e à Academia de Polícia Penal, que é um local de aprendizado, de formação e de fortalecimento dos Policiais Penais", acrescentou a presidente.

OPERAÇÃO CONTRA FACÇÃO

A operação Faves, contra a facção criminosa ocorreu no início da semana. Entre os alvos da operação estavam três advogados, além de líderes da facção apontados como responsáveis por coordenar os recentes ataques ocorridos em março deste ano em vários municípios do Rio Grande do Norte. Os investigados poderão responder por organização criminosa e tráfico de drogas e, se condenados, cumprir pena de até 23 anos de reclusão.

SEAP CONFIRMA CUSTODIA NA ACADEMIA

A Secretariada Administração Penitenciária (SEAP) custodiou durante o pernoite os dois advogados presos na Operação Favens, na Academia da Polícia Penal. 

A custódia do regime especial normalmente é realizada na Academia Coronel Milton Freire, da Polícia Militar, mas diante da reforma do prédio, os presos estão sendo mantidos no quartel do Comando Geral, local com número limitado de vagas. 

Diante dessa limitação, a custódia dos dois advogados está sendo realizada pela própria Polícia Penal e em condições de garantir as prerrogativas.

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