Cotas da Série B caem 60%; CBF não consegue negociar

04 de Fevereiro 2023 - 09h01

Os dirigentes de parte dos clubes que disputarão a Série B do Brasileiro em 2023 estão preocupados com a negociação para a venda dos direitos de transmissão do campeonato. Com o fim, em 2022, do contrato de exclusividade com o Grupo Globo, a CBF abriu uma concorrência em que convidou os principais grupos de mídia do país a apresentarem propostas, e o resultado, por enquanto, não agrada.

Em meados de janeiro, totalizavam R$ 80 milhões por ano para todas as plataformas oferecidas: TV aberta (que inclui streaming gratuito), TV fechada (dois pacotes), pay-per-view e highlights, os melhores momentos dos jogos quase em tempo real. A quantia é mais de 60% menor do que os R$ 220 milhões que a Globo pagou no ano passado.

Todos os grandes grupos de mídias foram procurados pela IMG, agência selecionada pela CBF para conduzir o processo, e alguns apresentaram propostas, entre eles o Grupo Globo, o SBT e o Grupo Disney (ESPN e Star+). Pela licitação havia possibilidade de fechar contratos de dois ou de quatro anos.

 

Os números preocupam os clubes porque o dinheiro dos direitos de transmissão da Série B acaba sendo a principal receita da maioria na temporada —alguns, imaginando que pelo menos o valor de 2022 seria repetido, já comprometeram verbas no orçamento de 2023.

A CBF vai abrir um novo “round” de ofertas. Até o ano passado, os clubes lideravam as negociações com os grupos de mídia, mas a CBF decidiu tomar a frente para realizar a concorrência que, por enquanto, não está funcionando.

A Série B terá início em 15 de abril, daqui dois meses e meio e, por enquanto, está “no escuro”, jargão utilizado no meio para se referir a uma competição que não terá transmissão por qualquer plataforma.

É improvável que essa situação permaneça assim, mas se os valores se mantiverem muito abaixo do que era pago em 2022 poderá haver necessidade de a CBF dar alguma compensação financeira aos clubes.

O mercado avalia que a edição 2023 da divisão de acesso do Brasileiro tem valor inferior ao ano passado porque clubes de grande apelo comercial, como Cruzeiro, Grêmio, Vasco e Bahia, subiram para a Série A e não houve reposição com o rebaixamento de Ceará, Atlético-GO, Juventude e Avaí.

As informações de Marce Rizzo/ UOL

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