Natal é 21ª colocada em ranking de capitais com maior consumo de bebidas alcoólicas em 2021; VEJA LISTA

22 de Abril 2022 - 10h16

Belo Horizonte é a capital que mais consumiu bebidas alcoólicas em 2021, segundo pesquisa do Ministério da Saúde. Natal fica apenas na 21ª colocação nessa lista.

O levantamento mostra que 25,20% dos moradores de BH consumiram mais de quatro doses de bebida alcoólicas em 30 dias. Com isso, a capital lidera o ranking da pesquisa. A segunda colocada é Vitória (ES), com 23,28%, seguida por Cuiabá (MT), com 23,17%.

Já a capital que menos ingere bebidas alcoólicas é Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Apenas 12,8% dos adultos da cidade consumiram mais doses deste tipo de bebida.

Veja o ranking com todas as capitais:

  • Belo Horizonte (MG): 25,20%
  • Vitória (ES): 23,28%
  • Cuiabá (MT): 23,17%
  • Distrito Federal (DF): 22,54%
  • Salvador (BA): 22,53%
  • Palmas (TO): 22,17%
  • Porto Velho (RO): 21,74%
  • Florianópolis (PA): 21,47%
  • Macapá (AM): 20,42%
  • Rio de Janeiro (RJ): 19,90%
  • João Pessoa (PB): 19,83%
  • Campo Grande (MS): 19,77%
  • Recife (PE): 19,43%
  • Teresina (PI): 18,50%
  • Goiânia (GO): 18,39%
  • Fortaleza (CE): 18,33%
  • Boa Vista (RR): 17,87%
  • São Luís (MA): 17,85%
  • Aracaju (SE): 17,28%
  • São Paulo (SP): 15,82%
  • Natal (RN): 15,40%
  • Belém (PA): 15,31%
  • Curitiba (PR): 15,18%
  • Manaus (AM): 14,80%
  • Rio Branco (AC): 13,67%
  • Maceió (AL): 13,16%
  • Porto Alegre (RS): 12,82%

Homens beberam mais
A pesquisa levou em consideração os moradores das capitais brasileiras que consumiram quatro ou mais doses de bebidas alcóolicas, no caso das mulheres e cinco ou mais doses no caso dos homens.

Se for separar por sexo, BH continua liderando a pesquisa com o consumo de álcool entre os homens: 36,21% dos belo-horizontinos consumiram bebidas alcoólicas no período e nas doses pesquisadas no levantamento.

No caso das mulheres, em primeiro lugar na lista das que mais ingeriram bebidas alcóolicas, em 2021, aparecem as moradoras da cidade de Florianópolis, em Santa Catarina: 17, 55% delas se enquadraram no perfil do estudo. As mulheres de BH aparecem em quarto lugar.

Aumento foi percebido em hospitais
Para o psiquiatra e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Helian Nunes de Oliveira, o consumo de álcool é um dos maiores problemas de saúde no Brasil e no mundo.

De acordo com o especialista, não existe nível de consumo seguro de álcool e este aumento apontado na pesquisa é percebido nos hospitais de BH.

"É perceptível aumento do consumo, das demandas nas urgências, nos consultórios, nos hospitais da capital. Não existe nível de consumo seguro de álcool. Muitas vezes o jovem não se hidrata e ainda bebe de estômago vazio, este é um padrão de consumo danoso, que está tendo vulnerabilidade não apenas do indivíduo, mas vulnerabilidade coletiva, da família, da comunidade, e vulnerabilidade programática, do nosso governo, nossos gestores", falou.

E o aumento, segundo o psiquiatra, pode ter sido facilitado pelo contexto da pandemia.

"O que a gente observa é que, na pandemia, os bares estavam fechados e o número de delivery aumentou. Talvez a população tenha migrado para esse tipo de consumo doméstico", disse.

Helian explicou que o álcool causa efeitos cognitivos, como sintomas de ansiedade, depressão, e se difunde muito facilmente pelo organismo, produzindo lesões no fígado, estômago, intestino, fígado, além de cardiopatias alcoólicas, pois o excesso causa lesão de fibras no coração.

"O consumo deveria ser ocasional, para comemorar em baixas doses", defendeu.

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