Polícia investiga se supermercados compraram carne de abatedouro ilegal em Natal

29 de Outubro 2024 - 16h27

Supermercados do Rio Grande do Norte podem ter comprado carnes de um abatedouro clandestino fechado na última sexta-feira (25), segundo informou a Polícia Civil. A venda dos produtos sem controle sanitário é investigado pelas autoridades.

A noticia é do portal G1 RN. Ao todo, seis pessoas foram presas durante a operação no bairro Felipe Camarão, na Zona Oeste da capital. Os suspeitos deverão responder à Justiça por maus-tratos aos animais, infrações ambientais, além de crimes relacionados ao consumo e à saúde pública, informou a polícia.

Apesar do flagrante, o responsável pelo abatedouro foi liberado da prisão após passar por audiência de custódia.

A delegada informou que os responsáveis pelos supermercados serão acionados para prestar depoimento e os órgãos fiscalizadores deverão inspecionar os estabelecimentos.

A operação da última sexta (25) foi conduzida pela Delegacia Especializada em Proteção ao Meio Ambiente e ao Turista, junto com as Secretarias Municipais de Serviços Urbanos (Semsur) e de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), além do Instituto de Desenvolvimento Agrário do Rio Grande do Norte (Idiarn), Guarda Municipal e Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep).

Segundo a delegada Danielle Filgueira, a Semurb já tinha autuado e aplicado multa contra os responsáveis pelo abate, mas eles continuavam com a atividade ilegal e, por isso, o órgão municipal acionou a polícia.

"Uma cena que nos chocou bastante, no local, eram animais domésticos, gatos e cachorros, lambendo essa carne que estava pronta para sair para o consumo humano. Fora o gado que estava sendo abatido no local, no chão, sem qualquer higiene, sem condição nenhuma de salubridade para uma carne que tem destino ao consumo humano", disse a delegada.

Mesmo após a prisão, a delegada disse que a polícia recebeu novos relatos de continuidade das atividades. De acordo com ela, caso os suspeitos voltem a reincidir no crime e sejam flagrados deverão receber mandado de prisão preventiva.

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