Real tem 2º pior desempenho do mundo em novembro, e maior desvalorização na semana do pacote fiscal

01 de Dezembro 2024 - 17h24

O dólar voltou a subir nesta sexta-feira (29), encerrando o mês em forte alta a R$ 6,0012.

De acordo com levantamento feito por Einar Rivero, analista da Elos Ayta, a moeda registrou a segunda maior depreciação no mês de novembro, com recuo de 4,55% ante o dólar.

O parâmetro utilizado foi o dólar Ptax, taxa de referência para contratos denominados em real em bolsas de mercadorias no exterior. No caso deste parâmetro, a cotação final do mês foi de R$ 6,0529 na compra, e de R$ 6,0535 na venda.

O que chama atenção é que grande parte do estresse do mês se concentrou nesta última semana. O temor dos investidores foi pautado pelo pacote fiscal do governo, no pré, ao vivo e pós anúncio.

Olhando para esse recorte temporal, a moeda brasileira tem o pior desempenho do mundo.

“O ambiente é de desconfiança com o pacote fiscal que foi anunciado, ou seja, não se sabe ainda o certo real impacto das medidas anunciadas e nem mesmo se todas serão implementadas da forma como foram anunciadas. Elas ainda precisam passar por aprovação no Congresso, e pode ser que tenha alguma mudança nesse trajeto. Ou não, a gente não sabe. Vamos ver isso nos próximos meses”, pondera Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank

Na noite de quarta-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou em rede nacional um aguardado pacote de contenção de gastos, cuja expectativa do governo é gerar uma economia de R$ 70 bilhões.

Em paralelo, a equipe econômica deu andamento a uma das pautas de campanha do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é a isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que ganham até R$ 5 mil.

Fonte: CNN Brasil

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