Velejador tcheco é resgatado pela Marinha após ficar à deriva no RN

23 de Setembro 2024 - 10h32

Militares do Serviço de Busca e Salvamento Marítimo do Nordeste (Salvamar Nordeste), sediado no Comando do 3º Distrito Naval, coordenaram, nesse sábado (21) uma operação que resultou no resgate do velejador tcheco Vladimir Popov, de 56 anos, que estava à deriva nas proximidades do Arquipélago São Pedro e São Paulo, localizado a cerca de mil quilômetros do litoral do Rio Grande do Norte.

O Arquipélago é o ponto brasileiro mais próximo da África.Militares da Marinha do Brasil (MB) receberam uma chamada de socorro por rádio realizada pelo veleiro polonês “Naiara”, que estava com dificuldades de manobra. A embarcação “Marlin II”, que prestava apoio à Estação Científica localizada no arquipélago, foi destacada imediatamente para o resgate, fornecendo água e alimento ao único tripulante do “Naiara”.

Vladimir Popov, que havia partido de Cabo Verde há 41 dias com destino a João Pessoa, informou que sofreu danos no mastro e nas velas há 18 dias. Embora contasse com propulsão mecânica, o combustível estava próximo ao fim.Um médico da Marinha também foi acionado e constatou, por telemedicina, a boa condição de saúde do velejador, sem lesões ou necessidade de medicação.

“Ontem fui chamado para cumprir uma missão que engrandece a honra que é servir em nome da pátria e da sociedade”, afirmou o Segundo-Tenente (Médico) Nascimento, do Salvamar Nordeste. “Um tripulante tcheco estava há 2 dias sem comida a bordo da sua embarcação, à deriva no mar, e fui acionado para avaliar seu estado de saúde físico e mental, para ajudá-lo a permanecer estável e com vida”, contou.

O Veleiro “Naiara” permanece amarrado à boia do Arquipélago São Pedro e São Paulo, sem registro de poluição hídrica, e a embarcação “Marlin II” retorna de sua expedição, com Vladimir Popov a bordo, no dia 29 de setembro. A chegada a Natal (RN) está prevista para o dia 2 de outubro.Busca e SalvamentoEm operações de resgate como a de Vladimir Popov, o fator de maior importância é o tempo de sobrevivência, já que o objetivo principal das missões é a preservação das vidas humanas.

Para garantir que o socorro aconteça de maneira ágil, a Marinha do Brasil opera o Serviço de Busca e Salvamento Marítimo do Brasil, conhecido como Salvamar Brasil, numa área de responsabilidade de aproximadamente 14,5 milhões de km², abrangendo toda a costa brasileira, a “Amazônia Azul”, além das águas interiores.

Para isso, a MB mantém navios e aeronaves de pronto emprego, militares treinados para as situações de resgate e uma complexa estrutura de coleta e compartilhamento de informações, o que possibilita a localização das vítimas e das embarcações mais próximas em condições de prestar apoio.A própria embarcação ou qualquer pessoa que tenha testemunhado um incidente em potencial pode entrar em contato através do telefone 185.

O serviço de atendimento está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana e abrange todo o território nacional. Além do telefone, o contato pode ser estabelecido por meio de fax, e-mail ou utilizando os sistemas presentes nas embarcações, conhecidos como Sistema Global de Socorro e Segurança Marítimo (GMDSS).

Outra maneira de reforçar a segurança, durante as navegações, é a utilização do aplicativo NAVSEG. Por meio desse recurso, é possível informar o plano de viagem, permitindo que a Autoridade Marítima monitore integralmente o trajeto da embarcação.

O aplicativo opera através do envio regular de dados, atualizando a posição da embarcação a cada 15 minutos aos centros de monitoramento da Marinha, gerenciados pelas Capitanias dos Portos, Delegacias e Agências. Dessa forma, o NAVSEG possibilita a localização mais rápida e precisa de qualquer embarcação em situação de perigo, assegurando melhores condições para a salvaguarda da vida humana no mar ou em águas interiores.

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