[VÍDEO] Vice-PGR ri ao ler frases de deputado federal contra ministro do STF: “Cabeça de ovo”

20 de Abril 2022 - 18h48

A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, fez sua estreia nas sustentações orais no Supremo Tribunal Federal (STF) em um julgamento precedido por confusões e desrespeitos. Nesta quarta-feira (20/4), Araújo representa a PGR na acusação contra o deputado federal Daniel Silveira (PTB).

Ao ler as ameaças feitas pelo parlamentar contra o ministro Alexandre de Moraes, Lindôra considerou os termos usados em vídeos “vexatórios”, “inaceitáveis” e de “afronta à democracia”. No entanto, ao ler as palavras de Silveira, ela não aguentou e riu.

“É inaceitável que um parlamentar diga que: ‘O povo entre no STF e agarre o Alexandre de Moraes pelo colarinho dele e sacuda a cabeça de ovo dele e o jogue numa lixeira’. É intolerável também que alguém atire tomates em ministros”, leu.

No trecho em que o parlamentar chama Moraes de cabeça de ovo, Lindôra não aguentou e riu. Ela olhou para Moraes, que também acabou rindo da situação.

Sessão atrasada

Com atraso de quase uma hora e meia, os ministros do STF começaram o julgamento da ação penal contra o deputado federal Daniel Silveira (PTB). A sessão agendada pelo presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, estava prevista para iniciar às 14h, mas só foi começar às 15h20. O julgamento pode ser acompanhado por meio do canal do STF no Youtube.

O atraso foi provocado porque o advogado de Silveira, Paulo Faria, não se vacinou contra a Covid-19. Ele só teve a entrada autorizada depois de fazer um teste rápido, com resultado negativo. No início, Faria se recusou a fazer o teste. Recebeu a alternativa de fazer a sustentação oral em defesa do cliente por videoconferência. Também rejeitou essa hipótese. Somente às 15h, depois de pressão dos ministros do STF, aceitou, teve resultado negativo e pôde entrar.

A resistência “indevida” de Faria enfureceu o presidente do STF, ministro Luiz Fux. Ele anunciou que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) será acionada para analisar a conduta do advogado.

Silveira é acusado de incitação à animosidade entre as Forças Armadas e o Supremo e de impedir o livre exercício do Poder Judiciário, com ofensas e ameaças aos ministros do STF. As acusações e contestações estão na Ação Penal (AP) nº 1044, na qual o parlamentar é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) dos crimes.

Metrópoles

Deixe o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado

Notícias relacionadas

Últimas notícias

Notícias relacionadas

Últimas notícias