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Política

Barroso sobre prisão de Lula: “Apliquei jurisprudência com dor no coração”

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Em sua entrevista à Folha, publicada neste domingo, 28, o ministro Luís Roberto Barroso (foto), do Supremo Tribunal Federal (STF), falou sobre o voto que levou Lula à prisão, em 2018. Com informações do O antagonista.

Ao ser questionado se ele se arrependeu da decisão, Barroso afirmou:

“Absolutamente. O meu voto não teve nada a ver com o presidente Lula.”

O ministro lembrou que o STF havia decidido, em votação de 7 a 4, que prisões poderiam ser executadas após condenação em segunda instância. 

“Quando o processo do presidente Lula chegou ao Supremo, ele já havia sido condenado em segundo grau e o STJ tinha confirmado a condenação”, acrescentou.

Barroso disse que a decisão não foi influenciada por simpatia pessoal. 

“Eu sou um juiz. Eu deveria mudar a jurisprudência por querer bem ao réu? Apliquei ao presidente Lula, com dor no coração, a jurisprudência que eu tinha ajudado a criar”, afirmou.

Sobre a Lava Jato, o ministro avaliou que a operação teve “acertos e desacertos”.

“Eu identifico que havia uma certa obsessão pelo ex-presidente Lula que se manifestou em erros muito claros. Ela revelou um país feio e desonesto. Mas, em algum momento, se perdeu nos excessos e terminou se politizando.

A partir de um determinado momento de grande sucesso da operação, eles acharam que estavam voando”.

Sucessão

Barroso deixa a presidência do STF e será sucedido pelo ministro Edson Fachin.

Fachin é o atual vice-presidente da Corte e, por critério de antiguidade, o ministro mais antigo que não presidiu o Supremo assume o cargo.

“Quero expressar a confiança que é depositada em mim e no ministro Alexandre, a honra de integrar essa corte e a eleição como sabemos aqui tem um efeito simbólico, e é como uma corrida de revezamento. O bastão agora chegou aqui e o recebo com um sentido de missão e a consciência de que tenho um dever a cumprir”, disse o novo presidente da Corte.

O vice-presidente será o ministro Alexandre de Moraes. Fachin e Moraes reeditam a dupla que comandou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na preparação das eleições de 2022.

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