A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou nesta sexta-feira (15), autorização ao ministro Alexandre de Moraes (STF) para que o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, e outros líderes da legenda tenham acesso livre para visitá-lo em sua residência, onde cumpre prisão domiciliar. A informação é do O Antagonista.
No pedido, os advogados requerem que as visitas sejam permitidas sem necessidade de autorização prévia da Corte.
Além de Valdemar, a solicitação inclui os nomes do senador Rogério Marinho, dos deputados federais Altineu Côrtes, Carol de Toni e Sóstenes Cavalcante, e do vice-presidente estadual do PL no Rio Grande do Sul, Bruno Scheid.
Como alternativa, caso o pedido seja negado, a defesa propõe que seja permitida a entrada dos políticos às terças, quartas e quintas-feiras, em caráter fixo, evitando a necessidade de novos pedidos individuais a cada visita.
No documento, os advogados alegam que a medida é necessária diante da relevância institucional e do papel de liderança política de todos os citados, integrantes do núcleo mais próximo do ex-presidente.
Outros pedidos
Segundo a defesa, a interação com Bolsonaro é “frequente e necessária” para a atuação partidária e decisões estratégicas.
Na petição, os advogados também solicitam a resignação da visita do deputado estadual Tomé Abduch, prevista para 27 de agosto, para data posterior ao seu período de férias.
Outro requerimento é para que a oficial de cartório Patrícia Ribeiro de Santana, do 1º Ofício de Notas e Protesto de Brasília, compareça à residência do ex-presidente no dia 18 de agosto para a prática de ato notarial.
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto.
Valdemar autorizado
O pedido de “livre acesso” ocorreu após o próprio ministro autorizar, nesta sexta (15), a visita de Valdemar da Costa Neto a Bolsonaro.
O encontro foi agendado para 28 de agosto, com possibilidade de ocorrer entre 10h e 18h.
No entanto, Moraes proibiu o ex-presidente da República de receber outras visitas, de salvo o caso de seus advogados ou com autorização da Corte.
Além disso, o integrante da Suprema Corte também proibiu Bolsonaro de usar aparelhos celulares.
Pessoas eventualmente autorizadas a visitar o ex-presidente estão proibidas de tirar fotos ou fazer imagens de Bolsonaro