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Política

Com apenas 6% dos presos trabalhando, RN segue entre os piores índices do país

Trabalho no sistema prisional | Foto: Albani Ramos/Folhapress
TUDO SOBRE assassinado do ex-prefeito.gif

Por Hellen Jambor - Jornalista da 96FM

O Rio Grande do Norte tem um dos piores índices de trabalho no sistema prisional brasileiro. Apenas 6% da população carcerária do estado exerce algum tipo de atividade laboral. Os dados foram revelados pela Folha de S. Paulo com base em levantamento da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça.

Apesar de o governo federal anunciar o índice de 25,4% dos presos trabalhando em 2024, o número ainda está longe da meta prevista no Plano Nacional Pena Justa, que promete alcançar 50% até 2027. Estados como o RN, no entanto, seguem com dificuldade para avançar, mesmo com promessas de programas e comissões.

A Secretaria de Administração Penitenciária do RN disse em nota, ter implantado neste ano, uma comissão para individualizar penas e promover o acesso ao trabalho. 

Foram citadas iniciativas como a produção de vassouras, esquadrias, terços e a implantação de oficinas de costura e fabricação de pisos. Também foi lançado o programa “Rede Trabalho Decente”, com cursos de capacitação em algumas unidades. Mas na prática, pouco mudou. A estrutura das unidades segue precária, faltam vagas, organização e controle efetivo. 

Enquanto isso, estados como Maranhão (80%), Rondônia (70%) e Ceará (53%) já ocupam mais da metade da população carcerária com atividades laborais, após investimentos diretos e reorganização interna.

Hoje, o país tem mais de 670 mil presos em regime fechado ou semiaberto. Desses, cerca de 170 mil exercem algum tipo de trabalho. O RN, com um dos piores desempenhos do Brasil, ainda precisa enfrentar problemas antigos para alcançar os níveis prometidos no papel.

A Lei de Execução Penal permite redução de pena com base em trabalho —a cada 3 dias trabalhados, 1 é abatido da pena. A atividade é remunerada com pagamento mínimo de três quartos do salário mínimo e dá acesso a benefícios previdenciários como aposentadoria e auxílio-reclusão - , a iniciativa visa a reintegração social do condenado e busca reduzir a reincidência.

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