O ABC ficou no empate sem gols diante do Náutico, na partida, mais uma vez, marcada pelos equívocos grotescos, diria, e de novo, do treinador Evaristo Piza. O duelo, atuação abaixo da crítica, se deu neste sábado, no Frasqueirão, válido pela sétima rodada da Série C.
Com o resultado, o ABC permanece, ainda, na 14ª posição, mas sabendo que, de novo, vai ter que tentar recuperar os pontos perdidos em casa.
O jogo
E o jogo. Evaristo Piza teve dois desfalques, sérios, de última hora. O Adeilson, talvez o mais importante e regular jogador do ABC, além do bom volante, único na posição, Wellington Reis, este que sentiu no aquecimento.
Quatro zagueiros e sem Randerson
Os erros começaram nas escolhas dos substitutos. Por incrível que possa parecer, ele escalou Ian Carlo para Reis e ainda cometeu a sandice de optar por Wendel, um quarto zagueiro, no time. Randerson, de fora.
Windson fora
Ele já tinha cometido um erro menor, ao manter o Octávio de titular na vaga de Windson, que retornou de contusão, quando todo mundo concorda que a dupla de Windson e Bispo é um dos pontos mais altos do Alvinegro, isso já vem de bom tempo.
Wallyson, um a menos
O ABC ficou com um homem a mais aos 3 minutos de partida, quando Auremir foi expulso. Piza ainda levou quase 15 minutos para fazer a mudança mais óbvia da história do futebol: tirar um dos zagueiros e colocar mais um atacante. Ele fez entrar Wallyson. E todo mundo concorda que ele igualou a situação, pois o Mago foi um a menos.
Náutico tinha um homem a mais?
No primeiro tempo, a equipe do Náutico, sem que o treinador Hélio dos Anjos fizesse qualquer mudança, acreditem, e quem viu o jogo vai concordar comigo, parecia ser o Timbu a ter a vantagem numérica. Absurdo! A equipe pernambucana chegou a criar chances e colocou uma bola na trave, quase gol.
Lentidão do meio-campo
O ABC, nada? Teve um lance, tinha Joãozinho incomodando, brigando, também o Matheus Martins fazendo algo, mas sem assistência de meias que se marcavam, se atropelavam - Rosa e Bruno Leite -, sem passagens de alas e a lentidão da saída de bola de um zagueiro feito volante - Ian Carlo -, prejudicava a chegada na frente. Mesmo assim, a grande chance de gol foi do ABC, desperdiçada por Wallyson, na cara do gol.
Segundo tempo
Na etapa final, Dos Anjos começa a se encolher. Coloca um bom volante, e Piza vem com Juninho para Ian Carlo. Volta a errar ao tirar Joãozinho, melhor do ABC, para entrar Orlando Júnior, que deveria ter entrado no lugar de Wendell ainda no primeiro tempo; e depois sai o Anderson Rosa para Jonathan Carlos e por último, Matheus, outro que estava bem, deixa o campo para o fraco Danilo Alves.
Dos Anjos se encolhe
Aí, após essas mudanças, Hélio dos Anjos já tinha se encolhido todo botando muita gente atrás, deu a impressão de que havia uma melhora no rendimento do ABC, pois o Bruno Leite ficou sendo o volante. Errado. Se o Timbu não recua poderia ter vencido, até. Muitos lances de ataques, mas nada de gol, e o zero a zero no final.
Randerson
Encerro essa resenha dizendo que Randerson era para ser a primeira opção sem Adeilson, a primeira opção sem o Reis e a primeira opção em qualquer das mexidas depois. Cada vez, fico mais convencido que o Piza descaracteriza esse bom time do ABC.