O ex-lutador do UFC Pietro Menga foi condenado na última terça-feira (22/4) a 15 anos e cinco meses de prisão por tráfico de armas e drogas. A sentença do inglês foi divulgada pela Greater Manchester Police, responsável pela investigação e condução do caso.
A noticia é de ALLAN PINHEIRO. Segundo as autoridades britânicas, o inglês se declarou culpado para as acusações de conspiração para venda e transferência de armas de fogo proibidas, além do fornecimento de cocaína em larga escala. Ainda conforme as investigações, Menga era intermediário de uma organização criminosa de Manchester.
O caso ganhou os holofotes em 2020, quando especialistas do Grupo de Crime Organizado Grave analisaram milhares de mensagens anonimamente trocadas entre os membros da Encrochat, plataforma de mensagens criptografadas comumente usada por grupos criminosos. As mensagens incluíam negociações de entorpecentes, vendas de armamentos e até discussões sobre tentativas de assassinato.
As autoridades conseguiram vincular Pietro Menga às atividades ilegais por meio de conteúdos específicos presentes nas conversas. Em diversas mensagens, ele fazia referência a lesões no joelho decorrentes da prática do MMA, mencionava sua namorada e sua equipe de treinamento, o que permitiu aos detetives identificar o usuário anônimo como sendo o próprio Pietro.
A prisão ocorreu em 15 de janeiro, durante cumprimento de mandado na residência do atleta, localizada em Swinton, na Inglaterra. As estimativas da polícia indicam que as transações ilegais das quais o ex-UFC participou movimentaram aproximadamente 620 mil libras esterlinas — cerca de R$ 7,5 milhões na cotação atual.
“Menga, como muitos criminosos antes dele, pensou que estava se escondendo atrás de um sistema de comunicação seguro. Em vez disso, ele criou sua própria trilha de evidências que o levou direto para a cadeia. O nível em que Menga operava demonstrava claramente que ele tinha uma lista estabelecida de contatos criminosos, que deve ter sido construída ao longo de vários anos, sem ser notada, facilitada pelo uso do Encrochat”, afirmou o detetive Shiels, membro do Grupo de Combate ao Crime Organizado Grave.