O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convidou os presidentes do União Brasil, Antônio Rueda, do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), para uma reunião em sua residência, em Brasília, às 21h nesta segunda-feira (8). O senador quer discutir com os dirigentes das siglas do Centrão a sua pré-candidatura a presidente da República. A informação é do O Antagonista.
Dos três convidados, por enquanto, apenas Ciro Nogueira confirmou presença. O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, também vai participar. Já Marcos Pereira disse que não conseguirá.
Com Rueda, Ciro Nogueira preside ainda a federação partidária União Progressista (UPb), que reúne o União Brasil e o PP.
Nem a federação, nem o Republicanos definiram ainda quem vão apoiar para presidente da República no pleito de 2026. No início de setembro, porém, a UPb anunciou o desembarque do governo Lula (PT). Além disso, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), se coloca como pré-candidato a presidente também.
Na última sexta-feira, 5, Rueda afirmou que, em 2026, “não será a polarização que construirá o futuro, mas a capacidade de unir forças em torno de um projeto sério, responsável e voltado para os reais interesses do povo brasileiro”.
“Nosso caminho não é o do confronto estéril, mas o da construção. Vamos focar no Brasil, nas pautas das nossas bancadas estaduais, no diálogo maduro entre diferentes visões e na agenda que de fato transforme a vida das pessoas”, acrescentou.
A manifestação foi publicada na mesma tarde em que o senador Flávio confirmou que foi escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu pai, para ser o candidato do bolsonarismo na eleição presidencial do próximo ano.
Nome pouco competitivo?
Integrantes do Palácio do Planalto ouvidos por O Antagonista consideram que o senador é a candidatura perfeita do bolsonarismo para a eleição presidencial de 2026, no sentido de que Lula não terá grande dificuldade para derrotá-lo.
E listam três motivos para isso: o parlamentar é frágil em debates, não tem o mesmo carisma do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu pai, e é o membro da família Bolsonaro que apresenta as maiores fragilidades no que diz respeito ao combate à corrupção – por ter trabalho contra a Operação Lava Jato e para tentar controlar a Polícia Federal (PF), e por ser acusado da prática de “rachadinha“.
No domingo, 7, Flávio alimentou a expectativa de que poderia desistir da candidatura presidencial, ao dizer que havia um preço para “não ir até o fim”, mas a declaração não passou de retórica.
“Meu preço é Jair Bolsonaro LIVRE e na URNA. Ou seja, não tem preço!!!!”, disse o filho 01 do ex-presidente em seu perfil no X ao compartilhar trecho de entrevista à TV Record.