O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (4) que a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, parece ser uma mulher "frágil", que "fala manso" e, por vezes, "bobinha", à primeira vista, mas que, na verdade, nas palavras do petista, ela é "extraordinariamente competente" e tem "veneno". Alice Groth, da CNN Brasil.
"Eu queria agradecer a companheira Magda pela extraordinária gestão que ela tem feito na Petrobras. Eu acho que a Magda é daquelas coisas boas que acontecem na vida da gente. E quem olha para a Magda assim, à primeira vista, essa mulher frágil, essa mulher que anda devagar, essa mulher que fala manso – às vezes eu tenho até dificuldade para entender –, ela não tem condições de dirigir uma empresa da magnitude da Petrobras", disse Lula durante agenda em Duque de Caxias (RJ), para anunciar investimentos em refino e petroquímica.
"E a surpresa é que a companheira Magda é extraordinariamente competente, não para dirigir a Petrobras, para dirigir duas Petrobras, ela teria a competência para vir anunciar os investimentos que estão sendo feitos aqui", acrescentou.
Magda assumiu o comando da Petrobras em maio de 2024, após ter seu nome aprovado pelo Conselho de Administração da petroleira.
Preço dos combustíveis
Na agenda desta sexta, Lula ainda cobrou mais fiscalização por parte dos órgãos competentes para que os descontos no preço da gasolina vendida nos postos de combustíveis sejam repassados aos consumidores.
"É preciso que esses órgãos que têm a função de fiscalizar não permitam que nenhum posto de gasolina neste país venda gasolina mais cara do que aquilo que é o preço que ela tem quer vender, e muito menos óleo diesel. Não é possível que a Petrobras anuncie o desconto de um centavo e esse desconto não chegue para o consumidor", afirmou.
Na quinta (3), a AGU (Advocacia-Geral da União) pediu ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), à PF (Polícia Federal) e a outros órgãos de controle uma investigação sobre "práticas anticoncorrenciais" nos preços dos combustíveis.
Segundo a advocacia, há indícios de que os distribuidores e revendedores não estariam repassando ao consumidor as reduções de preços praticadas pelas refinarias.