Na decisão que impôs ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou que ele atuou contra soberania nacional.
A informação é da CNN. O documento diz que a investigação "comprovou a participação de JAIR MESSIAS BOLSONARO nas condutas criminosas, não só incitando a "tentativa de submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado, com clara fronta à soberania nacional".
Moraes ressalta ainda que o ex-presidente auxiliou, com apoio financeiro, o filho Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde março deste ano, para uma "negociação com governo estrangeiro para que este pratique atos hostis contra o Brasil, com clara ofensa ao art. 359-I do Código Penal criminaliza".
Quando Eduardo anunciou que ficaria nos EUA para articulação política e sem data para retorno, ele afirmou que iria “buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”.
Operação contra Jair Bolsonaro
Durante operação da PF (Polícia Federal) contra o ex-presidente, nesta sexta-feira (18), os agentes da corporação apreenderam cerca de US$ 14 mil na casa do ex-presidente, em Brasília.
Bolsonaro também está proibido de usar as redes sociais e de se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros e com os outros réus e investigados.
O ex-mandatário também passará a usar tornozeleira eletrônica, além de cumprir recolhimento domiciliar no período noturno e finais de semana, após determinação do ministro Alexandre de Moraes.
O que diz Bolsonaro
Em nota, a defesa do ex-presidente afirmou que recebeu com “surpresa e indignação” a imposição das medidas cautelares ao ex-presidente.
“A defesa do ex-Presidente Jair Bolsonaro recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”, afirmaram os advogados de Bolsonaro.