O ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, protagonizou uma participação polêmica na CPI do Crime Organizado nesta terça-feira (16), no Senado Federal. Entre os pontos de grande repercussão, está o fato dele dizer que sabia que o desembargador preso pela Polícia Federal era "informante" do crime. Assista o trecho da CPI no vídeo abaixo:
"Falei com o senador Alessandro Vieira ontem a noite sobre isso. Disse que Alexandre de Moraes iria afastar ou prender o desembargador porque ele vazava informação para a ALRJ. Hoje ele foi preso", narrou Garotinho.
Nas primeiras horas do dia, a Polícia Federal prendeu o desembargador Macário Judice Neto, na segunda etapa da Operação Unha e Carne. Segundo a PF, o magistrado ajudou a vazar a operação contra o então deputado estadual TH Joias (MDB), suspeito de ligação com o Comando Vermelho.
Segundo foi apurado, os documentos que confirmam que Rodrigo Bacellar (União Brasil) e Macário estavam juntos no dia 2 de setembro, véspera da Operação Zargun, quando TH Joias foi preso.
Os agentes confirmaram uma troca de mensagens às 22h12 daquele dia, entre o assessor de Bacellar, Rui Carvalho Bulhões Júnior e ele, onde o então presidente da Alerj diz a Rui que estava em uma reunião com o desembargador, na Churrascaria Assador.
Além desse indício, a PF encontrou, ainda, no celular de Bacellar, trocas de mensagens entre o então presidente da Alerj e o desembargador, que embasaram a operação.
