O Banco Central passa a bloquear a partir deste sábado (4) as chaves Pix identificadas pelos bancos como utilizadas para golpes e fraudes. A nova funcionalidade faz parte de um pacote de ações para aumentar a segurança dos sistema de pagamento instantâneo. A informação é do portal R7.
A informação foi divulgada em reunião do Fórum Pix na última quinta-feira (2). Além disso, o Pix Parcelado terá normas publicadas até o fim de outubro, após atraso, já que era previsto para setembro.
A medida vai impedir que a transferência para quem for marcado como fraudador. As instituições marcam o CPF/CNPJ e a chave Pix do usuário sempre que ocorre uma suspeita de fraude envolvendo esse usuário.
Após a marcação, não podem ser iniciadas e nem recebidas transações através de contas desse usuário.
Além disso, o banco pode rejeitar o pedido de registro de novas chaves Pix, caso o usuário já tenha outra chave ou CPF/CNPJ com marcação.
As instituições usam essas informações para autorizar, rejeitar, reter ou bloquear transações, mas também para prevenir fraudes, inclusive se a transação tiver sido rejeitada.
Outras medidas de segurança
O BC já havia anunciado mudança no Pix Automático, que passará a ser obrigatório em operações de débito interbancários para empresas não autorizadas a partir do dia 13 deste mês. O pagador terá que autorizar o débito no aplicativo da instituição.
Botão de contestação
Na última semana, a contestação do Pix em caso de golpes ou fraudes passou a ser feita por meio do aplicativo dos bancos, de forma totalmente digital.
O chamado botão de contestação pode ser acionado, sem precisar falar com atendentes. Após análise dos bancos que deve ser feita em até 7 dias, o dinheiro poderá ser devolvido em até 11 dias.
Segundo o BC, a medida facilita a contestação de uma transação Pix e e o bloqueio na conta do golpista, o que aumenta a chance de devolução dos valores.
Rastreamento
A partir de 23 de novembro, o mecanismo passará a rastrear o caminho dos recursos e compartilhar as informações com as instituições financeiras envolvidas.
Isso permitirá bloquear valores em contas de destino intermediárias e a devolução de recursos em até 11 dias após a contestação.
Essa funcionalidade será obrigatória a partir de 2 de fevereiro de 2026.