Praticar atividades físicas que aumentam a frequência cardíaca e a respiração de forma constante pode reduzir em até 40% o risco de morte precoce por todas as causas, segundo uma meta-análise que revisou 85 estudos envolvendo cerca de 7 milhões de pessoas ao redor do mundo. A informação é da CNN Brasil.
Segundo os pesquisadores, a idade não é um obstáculo: adultos que iniciam exercícios mais tarde também apresentam ganhos significativos de longevidade. Entre pessoas mais velhas, os benefícios podem ser ainda maiores, com redução adicional de 10% a 15% no risco de morte precoce, já que esse grupo tende a enfrentar mais problemas de saúde.
O estudo, publicado no British Journal of Sports Medicine, destaca que manter-se ativo ao longo do tempo traz os melhores resultados. Indivíduos que se exercitam regularmente apresentam até 40% menos risco de morrer por doenças cardiovasculares, e o risco de câncer é reduzido em 25%. Mesmo pessoas sedentárias que passaram a se exercitar mostraram redução de 22% no risco de morte precoce.
Os especialistas reforçam que não é necessário atingir os níveis máximos recomendados para obter benefícios. A Organização Mundial da Saúde indica pelo menos 150 a 300 minutos semanais de atividade aeróbica moderada ou 75 a 150 minutos de exercícios intensos, mas qualquer movimento constante já contribui para a saúde. Combinar exercícios aeróbicos com treinamento de força também potencializa os efeitos.
Entretanto, abandonar a prática regular pode anular os benefícios conquistados, e aqueles que pararam de se exercitar apresentaram risco de morte precoce semelhante ao de quem sempre foi sedentário. Para especialistas, o mais importante é manter o corpo ativo de maneira prazerosa e consistente, mesmo que o início seja gradual e acompanhado de orientação médica.