Em coletiva de imprensa na manhã deste sábado (4), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o governo federal adquiriu mais 12 mil ampolas de etanol farmacêutico para combater os casos confirmados de intoxicação por metanol no Brasil. A informação é da CNN Brasil.
Até o momento, de acordo com Padilha, são 116 notificações de casos suspeitos e 11 confirmados ao redor do país.
"Essa nova aquisição chega ao longo da próxima semana, reforçando esse estoque estratégico junto aos hospitais universitários. Essas 12 mil ampolas nós vamos fazer uma a distribuição para os centros de referência de toxicologia espalhados no país", disse.
Além disso, o ministro explicou que 609 farmácias brasileiras de manipulação possuem capacidade e equipamento para produzir esse antídoto. Esse dado, de acordo com ele, já foi repassado para a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária), o que garante que o etanol farmacêutico seja disponibilizado de forma gratuita para tratamento no SUS (Sistema Único de Saúde).
"Temos garantido em toda a rede do SUS nos centros de referência de toxicologia, nos pontos de referência nas secretarias estaduais, o etanol farmacêutico para ser utilizado nos casos suspeitos por recomendação médica acompanhado pelos centros de referência de toxicologia", continuou.
Uma outra frente procurada pelo Ministério, é o Fomepizol, um outro antídoto que pode ser utilizado para o cuidado com a intoxicação por metanol. Neste caso, segundo Padilha, o governo já acionou a Organização Panamericana de Saúde para contatar produtores internacionais.
Até agora foram acionadas 10 agências de 10 países diferentes, sem contar empresas privadas.
"São as agências qualificadas internacionalmente para acionar seus países e tínhamos acionado também pelo menos sete empresas que tem o histórico de produzir o Fomepizol, que não é um medicamento de circulação não só no Brasil, mas em outros países do mundo".
"Quero informar aqui que o Ministério da Saúde já fez a aquisição de 2.500 tratamentos do Fomepizol junto a primeiro produtor internacional, a empresa do Japão, que anunciou a disponibilidade, o Ministério da Saúde já afirmamos essa aquisição, a previsão da chegada desse outro antídoto ao longo dessa semana", completou.
Ao final de sua fala, Padilha ressaltou que não existe "tratamento milagroso" e que o Ministério seguirá trabalhando pela "ciência".