Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar de dez condenados pela trama golpista, citando “fundado receio de fuga” e o “modus operandi da organização criminosa”, que envolveria a evasão do país. As medidas cautelares foram cumpridas neste sábado pela Polícia Federal.
Na decisão, Moraes apontou precedentes recentes, como a tentativa de fuga do ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, preso no aeroporto de Assunção, e a saída do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, que deixou o Brasil pela fronteira com a Guiana. Para o ministro, o padrão de atuação indica risco concreto à aplicação da lei penal.
Apesar de afirmar que havia elementos para decretar prisão preventiva, Moraes optou pela prisão domiciliar, considerada mais adequada e proporcional neste momento.
As ordens foram cumpridas no RJ, SP, ES, PR, GO, BA, TO e DF, com apoio do Exército em parte das diligências. Além da domiciliar, os alvos devem usar tornozeleira eletrônica, estão proibidos de usar redes sociais, receber visitas, devem entregar passaportes e tiveram suspenso o porte de arma.
Entre os alvos estão Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, e oficiais das Forças Armadas. Dois condenados não foram localizados. As penas impostas pela Primeira Turma do STF variam de 7 a 21 anos de prisão por crimes como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada.
Veja lista completa:
- Filipe Martins (PR), ex-assessor da Presidência do governo Bolsonaro
- Giancarlo Gomes Rodrigues (BA), subtenente do Exército
- Marilia Ferreira de Alencar (DF), ex-diretoria de Inteligência do Ministério da Justiça
- Angelo Martins Denicoli (ES), major do Exército
- Fabricio Moreira de Bastos (TO), coronel do Exército
- Sergio Ricardo Cavaliere (RJ), tenente-coronel do Exército
- Bernardo Romão Correa Netto (DF), coronel do Exército
- Ailton Gonçalves Moraes Barros (RJ), ex-major do Exército