A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal reforça as ações e o diálogo sobre medidas educativas e preventivas relacionadas à gravidez na adolescência. Instituída pela Lei n.º 13.798/2019, a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência acontece na primeira semana de fevereiro, incentivando atividades sobre a temática em todo o país.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adolescência compreende a faixa etária dos 10 aos 20 anos incompletos e, ainda segundo a OMS, a gestação nesse período pode trazer complicações e risco de morte tanto para a mãe quanto para o feto ou recém-nascido, como risco de aborto, hemorragias, anemia grave, depressão pós-parto, prematuridade e malformações.
“A gravidez na adolescência pode resultar de diversos fatores, como a falta de conhecimento sobre saúde, sexualidade e direitos sexuais e reprodutivos, além de questões socioeconômicas. Por isso, nossa intenção é promover o diálogo entre jovens, pais, educadores e profissionais de saúde, explicando os riscos e as formas de prevenção para evitar uma gestação não planejada, especialmente nessa fase tão precoce”, enfatiza Isabel Lima, chefe do Núcleo de Saúde da Criança da SMS Natal, destacando que a gravidez pode impactar também a vida escolar e profissional e na saúde mental das jovens mães.
Em Natal, no ano de 2024, nasceram 756 crianças de mães menores de 20 anos, sendo 47 filhos de meninas com idade entre 10 e 14 anos e 709 de jovens com idade entre 15 e 19 anos. “Essas adolescentes precisam ser acompanhadas por uma unidade de saúde para garantir o bem-estar delas e dos bebês durante a gestação. É importante destacar que, a partir dos 12 anos, essas meninas podem buscar atendimento nos nossos serviços sem a necessidade de acompanhamento de um responsável”, salienta Isabel, reforçando a importância do acompanhamento da gestação pelos profissionais de saúde.
A SMS Natal disponibiliza diversas ações para reduzir as taxas de gravidez na adolescência no município, incluindo instruções sobre saúde sexual e reprodutiva nas unidades de saúde; sensibilização e capacitação dos profissionais para o atendimento a adolescentes; fornecimento gratuito de métodos contraceptivos, como preservativos masculinos e femininos, Dispositivo Intrauterino (DIU) e anticoncepcionais; realização do pré-natal; além da inserção da temática na educação básica por meio do Programa Saúde na Escola (PSE). Tudo isso visando garantir que os adolescentes tenham acesso à informação e aos serviços de saúde, contribuindo para a redução da gravidez não planejada nessa faixa etária.