O influenciador e humorista Carlinhos Maia deu sua opinião sobre as acusações contra Hytalo Santos, preso desde 15 de agosto por denúncias de tráfico de Pessoas, exploração sexual de adolescentes, trabalho infantil e lavagem de dinheiro. Segundo ele, o influencer pode estar sendo usado como “bode expiatório” e que a discussão é “muito mais profunda”. Com informações Fábia Oliveira, do Metrópoles.
O ex-marido de Lucas Guimarães participou do PodDelas e foi questionado sobre a prisão de Hytalo Santos, detido na cidade de Carapicuíba, na Grande São Paulo, ao lado do marido, Israel Natã Vicente, conhecido como Euro.
Desconexão com a realidade
“Eu acho que se essas acusações, se todas essas coisas forem verídicas, aí que se foda, óbvio. Se, dentro dessa questão, for sobre ele filmar como ele filmava as vizinhas, as crianças, eu tenho uma opinião mais fria de quem viveu a comunidade, principalmente no nordeste”, começou Carlinhos.
Segundo o humorista, a sexualização é algo “comum” nas periferias brasileiras. “Acho que as pessoas estão desconectadas do que é a periferia. A periferia é putaria 24 horas, porque os pais colocam pros filhos ouvirem músicas de escracho o tempo todo. Você não pode cobrar de um influenciador aquilo que você faz o tempo todo. É muito controverso”, disse.
O famoso seguiu: “É só você olhar em volta. No TikTok, mais sexual do que aquilo? Então, é uma coisa a ser discutida muito além desse influenciador. É uma discussão muito mais profunda. Não estou defendendo, mas tem que ter uma análise geral das plataformas digitais, das pessoas que criticam de longe”, completou.
Prisão não resolve
Ainda em seu desabafo, Carlinhos Maia que Hytalo Santos pode estar sendo usado como “bode expiatório”, ou seja, carregando a culpa por um erro que não cometeu ou sendo punido de forma inadequada. Ainda segundo o influenciador, o problema é mais grave e requer mais cuidado.
“Esse negócio de filmar rebolando até o chão, as meninas de 14 anos estão o tempo todo. A sexualização está muito nas pessoas. Tem que ver até que ponto estão usando um bode expiatório para dizer que resolveram um problema, quando ele é muito mais profundo do que colocar um influenciador na cadeia”, encerrou.