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Política

Jair Bolsonaro deixa UTI e segue para quarto em hospital

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O ex-presidente Jair Bolsonaro foi transferido da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o quarto no início da madrugada de segunda-feira (14), após passar por uma cirurgia de grande porte no hospital DF Star, em Brasília. A informação foi confirmada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro por meio de publicação nas redes sociais, onde ela agradeceu à equipe médica envolvida no procedimento.

“Meu amor já está no quarto... Nossos anjos aqui na Terra (os médicos). Por 12 horas, Deus usou as mãos dessa equipe maravilhosa para cuidar do meu amor. Minha eterna gratidão à essa equipe médica extraordinária, que, com precisão, competência e humanidade, conduziu as 12 horas de cirurgia do nosso capitão. O cuidado de vocês fez toda a diferença”, escreveu Michelle.

O procedimento, realizado no domingo (13), teve como objetivo desobstruir parte do intestino delgado e reconstruir a parede abdominal, afetada por aderências decorrentes da facada sofrida por Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018. Segundo o boletim médico, a intervenção durou cerca de 12 horas e foi concluída sem intercorrências ou necessidade de transfusão sanguínea.

A equipe médica informou que Bolsonaro está “estável clinicamente, sem dor, recebendo medidas de suporte clínico, nutricional e prevenção de infecções”. O ex-presidente foi submetido a uma laparotomia exploradora — técnica que permite a avaliação direta dos órgãos abdominais — após diagnóstico de retenção no trânsito intestinal.

De acordo com o médico Claudio Birolini, que participou da cirurgia, a obstrução foi causada por uma dobra no intestino delgado, o que exigiu a remoção das aderências e a posterior reconstrução da parede abdominal. Em entrevista coletiva, Birolini destacou a gravidade do quadro clínico ao momento da internação: “Da forma como ele chegou, bastante desidratado, com muita dor e distensão abdominal exuberante, dá para dizer com alguma segurança que esse foi o quadro mais exuberante em relação aos anteriores que ele apresentou.”

Bolsonaro sentiu dores abdominais na manhã da sexta-feira (11), enquanto participava de um evento político no Rio Grande do Norte. Ele foi inicialmente atendido em um hospital de Santa Cruz e, posteriormente, transferido para Natal. No sábado (12), foi levado a Brasília para avaliação e intervenção cirúrgica no DF Star. O boletim divulgado na ocasião já apontava distensão abdominal e sinais de retenção intestinal.

Durante o processo de decisão sobre onde seria realizada a cirurgia, houve divergência entre conselheiros e a família. Alguns defendiam a transferência para São Paulo, para que Bolsonaro fosse tratado pelo médico Antonio Luiz Macedo, que o acompanha desde 2018. No entanto, Michelle Bolsonaro optou por mantê-lo em Brasília, sob os cuidados de Birolini, especialista em cirurgia de parede abdominal.

A obstrução intestinal é caracterizada pelo bloqueio parcial ou total do intestino, impedindo o funcionamento regular do sistema digestivo. Esse quadro já levou o ex-presidente a outras internações anteriores, inclusive em 2021 e 2023, quando também precisou ser operado.

A operação iniciada às 10h de domingo só foi concluída por volta das 21h. Michelle já havia adiantado que o procedimento seria demorado e, ao longo da tarde, atualizou os seguidores sobre a extensão do tempo cirúrgico. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que acompanhou o caso, afirmou: “Toda cirurgia no intestino é delicada, e não estamos falando de um menino, é uma pessoa que já tem uma idade e que já passou por essa cirurgia. São sequelas, a família sempre soube que ele nunca teria uma vida normal depois que tentaram matá-lo.”

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