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Cidades

Terapia com cavalos pode ser uma aliada no combate aos transtornos mentais

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Você provavelmente conhece alguém que sofra com algum tipo de transtorno mental, mesmo que não saiba. A impressão de que esse tipo de doença, como a ansiedade e a depressão, tem se tornado cada vez mais comum na sociedade se comprova em números. Em Natal, por exemplo, 11,8% da população adulta relatou sofrer de depressão, de acordo com um estudo publicado recentemente pelo Ministério da Saúde. No ranking entre as capitais do Nordeste, Natal ficou atrás somente de Recife, com 12,5% da população com depressão. 

O tratamento convencional para os transtornos mentais é feito, geralmente, a partir da psicoterapia e do uso de medicamentos que agem sobre o desequilíbrio químico do cérebro. Porém, as técnicas de relaxamento, as terapias, e as atividades que envolvam animais são meios alternativos que têm apresentado resultados positivos na evolução do paciente. 

Entre as diversas formas de utilizar a terapia assistida por animais (TAA), está a com cavalos – a equoterapia –, que pode ser feita em qualquer idade e auxilia terapeuticamente pessoas com problemas motores ou psicológicos. A recuperação se dá por meio do estímulo motor e afetivo, capaz de melhorar tanto a coordenação e o equilíbrio quanto o bem-estar, a memória e o humor.  

A equoterapia é conhecida como uma intervenção terapêutica para as pessoas com deficiência, porém ela é uma grande aliada no auxílio do tratamento da depressão. Segundo a Cíntia Ferreira, médica veterinária especialista em equinos, durante a montaria no dorso do cavalo, conseguimos “trabalhar objetivos importantes para a aquisição de funções cerebrais que estão desmotivadas devido à depressão, como a memória, a atenção, a concentração, a energia, a autoconfiança, a autoestima e a estimulação hormonal, entre outras”, explica. Além disso, de acordo com ela, o cavalo consegue estabelecer uma espécie de empatia e vínculo com o praticante, se tornando um "amigo" do paciente. 

Cíntia, que também é professora do curso de Medicina Veterinária no UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau em Natal, explica que a equoterapia não é capaz de curar por completo a depressão, pois a cura ou não da doença depende de vários outros fatores. No entanto, ela auxilia na produção de serotonina e endorfina, por exemplo, substâncias de extrema importância para proporcionar a sensação de bem-estar. "Em Natal, alguns centros equestres oferecem a equoterapia e, durante as aulas do curso, também é ensinado aos alunos as principais técnicas para trabalhar com esse tipo de tratamento ", comenta a especialista.
 

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