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Economia

Trump recua no tarifaço: dólar despenca e bolsa dispara

Foto: Karolina Kaboompics/Pexels

O mercado financeiro viveu um dia de reviravolta nesta quarta-feira (9) após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuar parcialmente do pacote de tarifas que vinha ameaçando mais de 180 países. O dólar, que pela manhã chegou a ser cotado a R$ 6,09, inverteu a tendência e fechou em queda de 2,54%, a R$ 5,8452. O alívio imediato nos mercados também impulsionou o Ibovespa, que avançou 3,12% e encerrou o pregão aos 127.796 pontos. A informação é do g1.

A decisão de Trump interrompe, por 90 dias, a aplicação das tarifas recíprocas anunciadas na semana passada, reduzindo as taxas a 10% para todos os países — com exceção da China, que será taxada em 125%, como resposta às retaliações de Pequim. A China, por sua vez, havia anunciado nesta manhã uma nova rodada de tarifas sobre produtos americanos, elevando as taxas para 84%, numa escalada da guerra comercial.

A União Europeia também entrou na disputa, aprovando uma retaliação de 25% sobre produtos dos EUA, a partir do próximo dia 15. O mercado, que reagia negativamente à possibilidade de uma recessão global causada por esse cenário de tarifas em cadeia, rapidamente mudou de direção diante do recuo norte-americano.

Especialistas alertam que tarifas elevadas tendem a pressionar a inflação global, reduzir o consumo e desacelerar o comércio internacional — impactos que afetam diretamente o crescimento econômico. O movimento das bolsas ao redor do mundo refletiu esse compasso de incerteza. A Europa fechou em queda generalizada antes do anúncio de Trump, enquanto os EUA e o Brasil conseguiram reverter as perdas e fechar em alta.

Commodities como petróleo e minério de ferro, diretamente ligadas à atividade econômica, também chegaram a operar nos menores níveis em anos, com o barril de petróleo caindo abaixo de US$ 60 e o minério de ferro recuando para US$ 90 a tonelada.

A decisão de Trump, embora temporária, trouxe um alívio imediato aos investidores, que agora monitoram os próximos passos da China e da União Europeia, assim como a capacidade de negociação real por trás da “pausa” no tarifaço anunciada pelo presidente norte-americano.

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