Segundo o jornalista Bruno Voloch, do O Tempo, a Superliga (organizada pela CBV), está com os dias contados. A edição que começará em outubro poderá ser a última sob a gestão de Radamés Lattari e sua trupe.
Segundo Bruno apurou, 21 dos 24 clubes que disputam a elite da competição decidiram pela criação da Liga Independente. Apenas Campinas e Flamengo resistem ao movimento e são contra a Liga. Barueri não se posicionou.
A CBV foi comunicada da decisão via email.
Sada/Cruzeiro, via Flávio Pereira, Giovane Gávio, gestor do Joinville Vôlei, e Anderson Marsilli, presidente de Guarulhos, encabeçam o processo.
Os representantes e a CBV deverão aprofundar o tema nas próximas semanas, até porque a Liga quer e precisa contar com a chancela da entidade, nos mesmos moldes que funciona hoje o NBB, Novo Basquete Brasil.
A insatisfação dos clubes, exceção claro de Campinas e Flamengo, parceiros políticos de Radamés, vem de longa data.
Natural.
A relação, diferente do que é vendido e divulgado, é ruim, pouco transparente e está cada vez mais desgastada.
A CBV achou que a mudança na premiação amenizaria o cenário.
Ledo engano.
A 32ª edição da Superliga chega com a mesma cara e recheada de promessas. A intenção da Liga é formar uma entidade própria que administre o campeonato sem a interferência da CBV.
Os clubes querem mudar o formato da competição, rever conceitos, regulamento, negociar os direitos de transmissão, acabar com a exclusividade da TV Globo e principalmente abrir propriedades comerciais.
A informação é que o Banco XP será um dos patrocinadores da Liga, algo inaceitável nos moldes atuais pelo conflito com o Banco do Brasil. Segundo consta, os clubes receberiam entre R$ 2 e 4 milhões por temporada.
O Banco XP já teria inclusive acordos com outros investidores e o aporte financeiro da Liga alcançaria R$ 60 milhões.
A CBV oferece ajuda de custo de apenas R$ 60 mil na atual Superliga.
Os valores soam como piada internamente e são completamente incompatíveis com a receita da entidade.
O preço da liberdade é caro.
Os clubes chegaram a conclusão que foram reféns das consequências das próprias escolhas, sendo boas ou não.
E a ignorância faz reféns.
Já o conhecimento, liberta.