Uma denúncia que há muito tempo já circula nos bastidores artísticos (e em parte da imprensa potiguar) parece que, finalmente, será apurada da forma como merece: o furto de obras da Pinacoteca do Estado. O Ministério Público do RN abriu um procedimento para acompanhar o "esqueleto" do prédio e seu acervo, ação que pode apontar a ausência de obras e onde elas poderiam estar. A informação é do jornalista Dinarte Assunção, do Jornal das 6, da 96 fm. Assista o vídeo e entenda:
Segundo Dinarte, a investigação pode atingir pessoas da alta sociedade potiguar, que teriam no seu acervo de obras domiciliares algumas que constam como patrimônio do Rio Grande do Norte. "Se você tem desconfiança que comprou ou obteve aquilo por meio da Pinacoteca, livre disso. Devolva", alertou Dinarte Assunção.
A denúncia sobre o sumiço de obras (eventualmente furtadas) está circulando desde outubro do ano passado, quando foi publicada pelo jornalista Vicente Serejo. De lá para cá, porém, foram poucas as manifestações a respeito sobre o assunto. Quando o prédio (que estava fechado) foi entregue após ser restaurado, inclusive, não houve qualquer manifestação do Poder Público sobre o assunto.
PINACOTECA
Instalada no Espaço Cultural Palácio Potengi, edifício histórico concluído em 1873 e maior símbolo da arquitetura neoclássica de Natal, a Pinacoteca do Estado do Rio Grande do Norte é fruto das reivindicações de artistas da região por um espaço para expor seus trabalhos. Guarda o maior acervo de artes visuais do estado, incluindo exemplares de Alfredo Volpi, Tarsila do Amaral, Cícero Dias, Fayga Ostrower, Maria do Santíssimo, Newton Navarro, Abraham Palatnik, Moura Rabello e Hostílio Dantas. A escultura do Budha de Laos, feita no século XII em chumbo e banhada a ouro, é uma das peças mais célebres do acervo.