Pesquisas conduzidas nos Estados Unidos apontam que as mulheres necessitam de 10 a 30 minutos a mais de sono por noite em comparação aos homens. A razão, segundo os especialistas, está na maior exigência cerebral feminina, especialmente por conta da tendência natural à realização de múltiplas tarefas ao mesmo tempo. A informação é da Revista Oeste.
Estudos da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, indicam que esse esforço mental intenso demanda uma recuperação mais profunda durante o repouso. Além disso, fatores hormonais, como as variações de estrogênio e progesterona ao longo do ciclo menstrual, também interferem na qualidade do sono.
A ginecologista Helena Hachul, membro da Academia Brasileira do Sono, reforça que fases como a TPM, gestação e menopausa agravam o quadro. “Cada uma dessas fases da vida tem peculiaridades, tanto biológicas como psicossociais”, explica. Segundo ela, essas mudanças impactam diretamente nas necessidades e riscos relacionados ao sono feminino.
Os dados mostram ainda que as mulheres têm 40% mais risco de desenvolver insônia. A privação de sono, por sua vez, está ligada ao aumento de casos de depressão, doenças cardiovasculares e processos inflamatórios.
A recomendação dos especialistas é que tanto homens quanto mulheres tenham entre sete e nove horas de sono por noite. Para melhorar a qualidade do descanso, orientam evitar cafeína à noite, reduzir o uso de telas antes de dormir e manter horários regulares para acordar e se deitar.
“Uma boa rotina faz diferença”, alerta Hachul. “Exercícios físicos, horários fixos para alimentação e evitar longos períodos deitado durante o dia ajudam a manter a pressão ideal para o sono.”
