A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, por meio da Delegacia Especializada na Investigação de Crimes contra a Ordem Tributária (DEICOT), deflagrou, na manhã desta quarta-feira (25), a Operação Amicis, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa composta por empresários, pessoas interpostas (laranjas) e estabelecimentos comerciais suspeitos de envolvimento em fraudes estruturadas contra instituições financeiras. Veja os detalhes no link acima:
Uma megaoperação foi deflagrada nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (25) pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte, revelando um complexo esquema de fraudes financeiras e lavagem de dinheiro que envolve empresários, profissionais liberais e até um diretor do América Futebol Clube. A operação também chamou a atenção por ter cumprido mandados de busca e apreensão em condominio de luxo e numa academia famosa de Natal, a Pulse. A academia divulgou nota dizendo que não foi alvo da operação e sim um personal trainer.
A Operação Amicis é um desdobramento direto da Operação Braço Direito, realizada em julho de 2024, e que teve como principal alvo uma franquia da marca de roupas Schalk, localizada em Natal. A informação foi apurada com exclusividade pelo Portal 96.
A ofensiva mobilizou cerca de 200 agentes de segurança e cumpriu 53 mandados de busca e apreensão em residências de alto padrão em condomínios da Grande Natal. Ao todo, foram bloqueados e sequestrados valores que ultrapassam R$ 150 milhões. Também é investigado um ex-funcionário da academia Pulse.
Segundo a Polícia Civil, o grupo criminoso utilizava laços de amizade e vínculos de confiança pessoal para movimentar recursos de origem ilícita, esconder patrimônio e dificultar a responsabilização judicial. O nome da operação — Amicis, latim para “amigos” — faz referência direta a esse modelo de associação entre os integrantes.
APREENSÕES
A ação resultou no bloqueio e sequestro de valores que ultrapassam R$ 150 milhões, além do cumprimento de 53 mandados de busca e apreensão e da imposição de 204 medidas cautelares diversas da prisão. Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos 24 veículos automotores (carros), três motocicletas, duas lanchas, um motorhome, além de aproximadamente R$ 200 mil em espécie, joias e diversos aparelhos celulares que serão submetidos à perícia.
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deflagrou nesta quarta-feira (25) a Operação Amicis, que apura um esquema milionário de fraude envolvendo empresários, contadores e influenciadores digitais. A ação resultou na apreensão de mais de 50 carros de luxo, uma lancha, um motorhome e R$ 200 mil em dinheiro vivo.
Fotos: Sérgio Henrique
Foram cumpridos 53 mandados de busca e apreensão em Natal e outras seis cidades, com bloqueio judicial de R$ 150 milhões dos investigados. A Justiça também determinou 204 medidas cautelares, incluindo tornozeleira eletrônica para cinco suspeitos.
"A Polícia Civil do Rio Grande do Norte reitera seu compromisso com a legalidade, a ética institucional e o interesse público, sempre atuando de forma técnica, imparcial e em consonância com os princípios constitucionais. A instituição mantém diálogo constante e respeitoso com todos os poderes, parceiros fundamentais no enfrentamento ao crime e na promoção da Justiça", afirmou a Polícia Civil, por meio de texto enviado para a imprensa.
"Nesse sentido, a Polícia Civil do RN reforça que jamais teceu críticas a quaisquer agentes públicos ou às decisões judiciais proferidas no curso de processos investigativos. Ao contrário, manifesta profundo respeito pelas instituições e por seus integrantes, reafirmando que toda sua atuação está pautada na observância irrestrita à legalidade, à moralidade, ao espírito público e à transparência", acrescentou.
O nome da operação, Amicis, tem origem no latim e significa “amigos”, em alusão ao elevado grau de confiança e proximidade entre os integrantes da organização criminosa investigada.
Os mandados foram cumpridos nos municípios de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, São José de Mipibu, Bom Jesus e Extremoz. Cerca de 200 policiais civis participaram da operação, oriundos de diversas unidades da PCRN, como o Departamento de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DECCOR-LD), a Diretoria de Polícia da Grande Natal (DPGRAN), a Diretoria de Polícia do Interior (DPCIN), por meio da 3ª Delegacia Regional de Polícia (DRP/Caicó), o Departamento de Proteção a Grupos em Situação de Vulnerabilidade (DPGV), a Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), o Departamento de Inteligência Policial (DIP), a Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR) e a Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais da PCRN (CORE).
As investigações foram conduzidas pela DEICOT, em parceria com a Delegacia Especializada na Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD) e com a Delegacia Especializada em Defraudações e Falsificações de Natal (DEFD/Natal). A operação contou ainda com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRN), da Polícia Militar do RN (PMRN), do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP/RN), da Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ/RN) e do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD).